A HORA E VEZ DOS UTVs

Para cada tipo de modalidade e terreno há uma técnica. Afinal, o trecho escolhido pode ser para trilha/competição ou, somente, um passeio. Vou focar em rally, modalidade para a qual venho me dedicando há mais de 20 anos.

Já competi nos carros, caminhões e, desde 2016, estou nos UTVs. É a categoria que mais cresce nos grids de todo o país, e atrai cada vez mais adeptos, por ser um veículo extremamente rápido, que passa muito bem pelos obstáculos e é prazeroso de se pilotar.

O UTV oferece uma sensação de liberdade e vento no rosto que eu não tinha quando pilotava carros e caminhões. E é seguro também.

Fui o primeiro campeão do Rally dos Sertões na geral dos carros, em 2005, com origem nos jipes, e tenho orgulho disso. Aliás, até hoje tenho o primeiro jipe (Samurai/Suzuki) que fiz minha estreia no Rally dos Sertões, em 1996. De lá para cá, participei de todas as edições da prova.

Velocidade, concentração, bom equipamento e um navegador que esteja em sintonia completa com o piloto são imprescindíveis durante uma prova. Mas não adianta ter tudo isso se você não tiver técnica, habilidade e leitura de terreno como piloto.

Analisar as curvas antes de entrar e evitar frear dentro dela; calibragem mais baixa quando for pilotar na areia para aumentar a estabilidade e evitar atolamentos; pressão turbinada nos pisos mais firmes; usar pneus adequados para lama, piso molhado ou com erosões e, principalmente, saber a hora certa para acelerar e frear são dicas fundamentais para quem quer iniciar no rally.

Eu comecei direto nas competições. Mas, para muitos, o rally de regularidade é a porta de entrada antes de se aventurar no cross country ou no de velocidade.

A escola quem faz é você. Somente ganhando quilometragem, conhecendo muito bem o veículo e seu limite é que você irá adquirir uma tocada precisa e segura.

Fazer rally é desafiar seus próprios limites e se superar a cada dia.